A calvície é uma condição que atormenta muitas pessoas no mundo inteiro. Entre homens e mulheres, as quedas de cabelos não perdoa ninguém. Se as entradas têm que aparecer, elas o farão.
Existem muitos métodos hoje utilizados para tentar colocar fim ao problema. Ainda que alguns deles sejam um tanto quanto duvidosos, muitos já funcionam, como os implantes de cabelo através de cirurgia. Porém, nenhum método não cirúrgico já se provou 100% eficiente, o que leva os que sofrem do problema a buscarem inúmeras outras soluções mais baratas para verem-se livres de uma vez por todas da queda de cabelos.
Mas, recentemente, na renomada Universidade de Columbia, em NY, criou-se um método que, aparentemente, recupera os cabelos perdidos. Sim, é isso mesmo, estão conseguindo recuperar cabelos há muito perdidos com novos folículos capilares.
O fim da calvície: como funciona o método recém-descoberto
Para entender o método, primeiramente precisamos entender como funciona o processo de crescimento capilar.
- O crescimento dos fios funciona com base nas seguintes etapas:
- O nosso cabelo cresce a partir de um folículo;
- O folículo papila dérmica;
Este é o ‘ninho’ do fio capilar, que vemos externamente.
Foi a partir disso que se conseguiu descobrir de que forma recuperar os folículos danificados (que são a causa da calvície).
Isso se dá pela geração e crescimento de novas papilas dérmicas, as fabricantes dos folículos. Com novas papilas, têm-se novos folículos capilares. E com novos folículos capilares, temos o fim da calvície e o preenchimento das entradas com novos fios.
A única ressalva é que, em seres humanos, essas papilas, quando colocadas em cultura no laboratório, transformam-se em células do tipo epidérmico, o que faz com que elas percam a capacidade de produção e geração de novos folículos capilares. Até então, esse problema era resolvido com a redistribuição dos fios com o transplante de folículos capilares. Mas isso está prestes a mudar.
Porém, a Universidade de Columbia começou a realizar pesquisas na área utilizando roedores. Estes animais, diferentemente dos humanos, não possuem papilas dérmicas que se transformam. Mesmo quando transplantadas para outra parte do corpo ou colocadas em cultura, elas continuam fabricando os novos folículos capilares.
Depois de muita observação, a equipe percebeu que precisava fazer com que as células humanas passassem a se comportar da mesma forma que a dos roedores para que o fim da calvície realmente se tornasse uma realidade mais próxima. Mas como fazer isso?
Eles, então, decidiram começar a recriar o ambiente agregativo e propício à fabricação de novos folículos capilares que existe nas células dos roedores, mas, desta vez, com células humanas. Se conseguissem essa proeza, talvez conseguissem também o crescimento de novos folículos capilares humanos, decretando o fim da calvície.
Para começar os testes de recriação do ambiente, clonaram-se papilas dérmicas de sete doadores, as quais foram implantadas em roedores que possuíam pele humana transplantada. Nas áreas dos roedores onde foram aplicadas as papilas dérmicas clonadas, verificou-se um crescimento de pelos que durou aproximadamente três semanas. Ao realizares testes de DNA para saberem se os pelos que cresciam eram humanos ou não, verificou-se que sim, eram humanos.
O que esperar do futuro
O que se espera futuramente é a criação de novos métodos que estejam relacionados ao reimplante de cabelos, mas que, diferentemente dos procedimentos realizados hoje, que apenas redistribuem folículos já existentes, pretende estimular e induzir a formação de novos folículos capilares ou a revitalização dos que se encontram danificados no couro cabeludo.
Além de acabar com os problemas de calvície mais comuns, como a queda de cabelos naturais, esse novo método possibilitará que se realizem transplantes em pacientes que perderam os seus folículos por conta de queimaduras ou por acidentes que geraram cicatrizes (o transplante poderia ser realizado tanto no couro cabeludo quanto em outras áreas que possam ter sofrido essa perda drástica de folículos, como sobrancelhas e barba).
Ainda assim, as descobertas e o método de transplante que estimula o crescimento de novos folículos capilares, bem como revitaliza os já existentes, porém danificados, ainda precisam ser testados em humanos, uma vez que o organismo humano nem sempre pode responder da mesma forma que o dos roedores aos implantes e fabricação folicular.
Esses testes em humanos devem acontecer em breve, dos quais os resultados, se positivos, decidirão se o mundo se livrará da calvície de uma vez por todas.
Enquanto isso se recomenda a manutenção da profilaxia contra a calvície, bem como a continuidade da utilização dos métodos aos quais você já está acostumado, uma vez que ainda não se tem 100% de certeza de que tal descoberta realmente represente o fim da calvície e o início de uma nova era e um novo mundo, livres da queda de cabelos (seja ela causada pelo tempo, por heranças genéticas ou por acidentes, como em muitos dos casos).