A calvície é um dos males mais conhecidos e que afeta grande parte da população. Muitas pessoas buscam tratamentos para reverter e até se prevenir desse mal. Atualmente, surgiu uma notícia de que consumir batata frita do McDonald’s pode auxiliar na cura da calvície. Será que isso é realmente verdade? Neste artigo, descobriremos se é ou não. Confira!
A calvície
Conhecida como alopecia, a calvície é definida pela queda parcial ou total dos fios capilares, um problema que afeta homens e mulheres. Em homens, sobretudo, ocorre a calvície androgenética na qual se dá a perda definitiva dos cabelos. Tal processo pode afetar certa quantidade de mulheres também, mas no caso delas, a calvície é menos intensa. Exatamente por isso é mais discreta e fácil de disfarçar.
Os fios capilares e os pelos são estruturas cilíndricas compostas por queratina e proteínas. Eles crescem por folículos pilosos situados em regiões mais profundas da derme. Todo o nosso corpo, exceto a planta dos pés e a palma das mãos, tem pelos e folículos pilosos.
Os pelos apresentam características e velocidade de crescimento diferentes em cada área do corpo, o que é facilmente perceptível quando comparamos cabelos, cílios, barba e os pelos pubianos, por exemplo.
O nosso couro cabeludo tem cerca de cem mil fios com um crescimento médio de 1 a 2 centímetros por mês. Todos os dias, perdemos até 100 fios. Dependendo da época do ano, de fatores ambientais e da fase da vida, a perda pode ser maior. O ciclo de vida dos fios capilares é dividido em três fases:
- anágena (fase de crescimento dos cabelos);
- catágena (fase de involução);
- telógena (fase de desprendimento).
Com o crescimento do novo cabelo, o antigo fio é empurrado para fora do folículo piloso e cai. Esse ciclo explica o porquê de alguns pelos nunca ultrapassarem certos tamanhos. Dos cem mil fios do couro cabeludo, cerca de 85% estão na fase de crescimento, 5% na de involução e 10% na de queda.
Então, como surge a calvície? Esse processo é causado pelo encurtamento da fase de crescimento, afinamento progressivo do fio capilar e pela redução de tamanho dos folículos, fazendo com que a raiz fique cada vez mais próxima da superfície da pele. Essa redução do folículo é um processo hereditário e mediado por hormônios.
A calvície se divide em diversos tipos, as mais comuns são:
- alopecia areata normalmente relacionada a causas como o estresse e afins;
- alopecia androgenética, que é hereditária, afeta os homens e algumas mulheres, e na qual ocorre a miniaturização dos folículos em algumas áreas do couro cabeludo até desaparecerem por completo;
- alopecia universal, com causas que são diversas como genética, tratamentos médicos, dieta inadequada, problemas hormonais, estresse, maus hábitos e doenças de pele localizadas no couro cabeludo;
- alopecia difusa, que se caracteriza por perda progressiva e aguda do cabelo por conta de doenças crônicas ou febris, parto, estresse emocional etc. O cabelo se desprende do couro ao fazer tração sobre ele, com penteados e procedimentos estéticos.
Óleo de cozinha pode curar calvície?
Uma pesquisa feita pela Universidade Nacional de Yokohama, localizada no Japão, publicou o seu estudo no periódico Biomaterials que revela que o composto dimetil polissiloxano, conhecido como óleo de silicone, utilizado em produção de alimentos e cosméticos, pode ser utilizado no combate à calvície. Essa composição também está presente nos óleos de cozinha utilizados nas batatas fritas do McDonald’s.
Essa notícia fez com que alguns internautas relacionassem o ato de comer as batatas com a possibilidade de não ficarem mais calvos. Mas, não, em nenhum momento isso foi mencionado pelos cientistas.
Ainda assim, o trabalho deles é incrível: fios de cabelos crescem por meio de folículos capilares, logo, se a estrutura de onde crescem for recriada em laboratório, é possível ter vários fios e transplantá-los para o couro cabeludo de pessoas que sofrem com a calvície. E isso pode, sim, representar esperança para quem deseja ter de volta seus cabelos se desenvolvendo plenamente, concorda?
A cura da calvície
Até esse momento, os pesquisadores fizeram testes somente em ratos. Nas experiências, introduziram um pouco do óleo de silicone em uma placa de petri, adicionaram algumas células-tronco e, dias depois, apresentaram cerca de cinco mil folículos capilares. Após isso, os folículos foram transplantados nas costas dos ratos, começando a crescer pelos.
Portanto, a criação de HFG (germes foliculares) em laboratório não é, até esse momento, suficiente para implantar cabelo por conta da sua reduzida escala tampouco o composto que está no óleo das batatas pode favorecer o crescimento capilar, apenas consumindo a batata frita, ou passando diretamente na área. Cuidado e não comece a passar produtos quaisquer, achando que isso vá resolver o problema. Confie na ciência e leve essas precauções a sério, certo?
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