Queda de cabelo e câncer de mama: qual a relação?

Câncer de mama ainda é um mal que assola milhões de mulheres por todo o mundo. É um problema que, infelizmente, ainda é comum e quem se submete aos tratamentos, como a quimioterapia, por exemplo, sabe que a queda de cabelo e câncer de mama ambos se relacionam.

Não somente este como também existem outros tipos de tratamento como, por exemplo, hormonioterapia para o câncer de mama. Então, no texto falaremos sobre a relação que há entre queda de cabelo e câncer de mama. Confira!

Tratamento através de hormônios contra o câncer de mama

O câncer de mama está associado com a produção de hormônios sexuais, uma vez que este é o responsável pelo crescimento do câncer. Essa afirmação refere-se especialmente a pacientes que possuem receptores para estrógeno (ER+) ou progesterona (PR+) nas células tumorais

Pacientes que possuem tais receptores totalizam 2/3 da população e são exatamente esses que utilizam do tratamento com hormônios, como a hormonioterapia que é utilizada após o tratamento do câncer com o intuito de prevenir a sua recorrência.

Esse tratamento também é usado para diminuir o crescimento do tumor ou retardar a sua progressão em casos metastáticos. Em outros casos raros, o tratamento da hormonioterapia profilática é usado para prevenir câncer em pacientes com alto risco de serem admitidos com essa doença.

Em todos os casos citados ou não, a ocorrência da queda de cabelo, na maioria dos pacientes, é inevitável.

Como funcionam os remédios da terapia hormonal?

Sabe-se que existem três grupos de antiestrogênios:

  • SERMs (Selective Estrogen Receptor Modulators) ou MSREs (Moduladores seletivos de receptores de estrógeno): tamoxifeno (Novaldex), raloxifeno (Evista);
  • Inibidores de aromatase (IA): anastrozol (Arimidex) , letrozol (Femara, Lezieu), exemestano (Aromasin);
  • Fulvestranto (Faslodex).

Os MSREs são os medicamentos mais utilizados para a terapia hormonal. Quando eles entram na corrente sanguínea agem bloqueando a ligação do estrógeno ao receptor da célula mamária, impedindo sua ação.

Já o outro grupo de anastrozol inibe a enzima aromatase, que é a responsável por transformar a testosterona (hormônio masculino) em estrogênio (hormônio feminino).

Por último o Fulvestranto age diminuindo a quantidade de receptores hormonais existentes nas células mamárias.

Estudos sobre queda de cabelo e câncer de mama por hormonioterapia

Sabe-se que a queda de cabelo e câncer de mama estão inteiramente ligadas pela ação de determinados medicamentos que são utilizados nesses tratamentos. Também se sabe que esses remédios têm o poder de estimular o crescimento dos fios, provocar mudanças na cor e no formato dos cabelos, e até mesmo a sua queda.

Os dados da literatura da medicina baseada em pacientes que já se submeteram aos tratamentos, mostram que a queda de cabelo ocorre por hormonioterapia de 3% com tamoxifeno e 5% com letrozol.

Um estudo realizado com 851 mulheres que sobreviveram ao câncer de mama mostrou que a ocorrência da queda de cabelo entre elas foi de 2,5 mais chances de acontecer.

Juntamente a essas observações, os testes mostraram que com o tratamento hormonal é possível que haja mudança da cor dos cabelos e a queda de cabelo.

Outro estudo da revista científica JAMA em 2018 mostrou que 112 mulheres com diagnósticos de câncer de mama tiveram alopécia devido ao tratamento hormonal.

Descobriu-se também através desses estudos que o padrão de alopécia nos pacientes foi descrito como semelhante ao observado na alopécia androgenética.

O que explica o agravamento da queda ou alopecia em pacientes que fazem o tratamento da hormonioterapia?

Tanto o tamoxifeno quanto o anastrozol, como já mencionado, são medicamentos que diminuem a produção de estrogênio no organismo. Nos cabelos, a diminuição do estímulo de estrogênio induz os fios a entrarem na fase de queda, chamada telógena.

Por isso que há um aumento da queda de cabelo no pós-tratamento hormonal no pós-câncer. Além de tudo, o desequilíbrio hormonal entre androgênios e estrogênios provocado por esses medicamentos favorece o aparecimento da alopécia androgenética.

É importante saber que os remédios como o tamoxifeno diminuem a ação do estrógeno provocando um estado de relativa androgenia.

Sendo assim, acredita-se que esses remédios podem contribuir para a ocorrência da queda de cabelo absoluta ou relativa, o que favoreceria o aparecimento e a progressão da calvície em pacientes predispostos.

O que fazer quando a hormonioterapia causar queda de cabelos?

Queda de cabelo e câncer de mama pode estar associada por razões óbvias. Onde muitas vezes, boa parte dos pacientes sente-se desapontados quando observam que os seus cabelos estão entrando num estado de queda, mesmo que não permanente.

Por isso, excelentes profissionais estão cada vez mais aptos em cuidar dos pacientes para que esses efeitos colaterais, como a queda de cabelo, não ocorram. Pois, sabe-se que com as dosagens corretas dos medicamentos certos é possível manter a cabeleira do paciente intacta.

Porém, cada corpo responde de uma forma diferente aos tratamentos contra o câncer de mama.

Dessa forma, é preciso ficar atento à possibilidade de ocorrer queda de cabelo por hormonioterapia usada para o tratamento de manutenção no câncer de mama.

Nunca abra mão de se submeter aos exames corretos para que o seu tratamento possa acontecer sem efeitos colaterais agressivos. E nunca abra mão de um profissional com bastante experiência na área.

Muito obrigado por ler este texto sobre queda de cabelo e câncer de mama: qual a relação? Deixe sua pergunta ou sugestão nos comentários.

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